Os principais índices de ações dos Estados Unidos tiveram máximas históricas nesta quinta-feira, 18, após o Federal Reserve, ao que tudo indica, iniciar um ciclo de cortes de juros, medida vista pelos investidores como apoio ao crescimento econômico, com expectativa de novas reduções.
O S&P 500, o Nasdaq 100, o Dow Jones e o Russell 2000 fecharam em alta, em um movimento raro que só havia ocorrido 25 vezes neste século, segundo dados da Bloomberg.
O S&P 500 subiu 0,6%, enquanto o Nasdaq 100 avançou 1,1%. O Dow Jones teve alta de 0,3% e o Russell 2000 disparou 2,5%, caminhando para seu primeiro recorde desde 2021.
No mercado de criptomoedas, o bitcoin valorizou 1,8%, cotado a US$ 117.708. Entre as commodities, o petróleo WTI recuou 0,6%, a US$ 63,65 o barril, e o ouro caiu 0,5%, para US$ 3.642,77 a onça.
O rali foi puxado por tecnologia e small caps, enquanto investidores ampliaram a busca por risco.
Tecnologia puxa alta
As ações de tecnologia lideraram o avanço, com destaque para a Intel, que saltou 23% após a Nvidia anunciar um investimento de US$ 5 bilhões na companhia. O Nasdaq 100 subiu 1,1%, enquanto o Russell 2000 disparou 2,5%, mirando o primeiro recorde desde 2021.
Na avaliação de analistas, os juros mais baixos tendem a favorecer gigantes de tecnologia e também bancos, com potencial de estimular fusões e o crédito imobiliário.
Riscos permanecem
Apesar do rali, especialistas alertam para a concentração dos ganhos em poucas empresas de tecnologia de megacapitalização.
Ainda assim, os cortes do Fed devem continuar até o 1º trimestre de 2026, totalizando 75 pontos-base, segundo estimativas da UBS.
Para a consultoria Ameriprise, mais dois cortes neste ano podem sustentar o apetite ao risco, desde que o mercado de trabalho e o consumo se mantenham estáveis.
Historicamente, setembro é um mês fraco para as ações. Mas, em períodos de cortes não recessivos, o S&P 500 subiu, em média, 1,2%, desafiando a sazonalidade negativa.
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