Esta sexta-feira, 18, começa com os mercados globais operando em leve alta, embalados por bons dados econômicos dos Estados Unidos e por uma temporada de balanços animadora.
O destaque da agenda internacional é o índice preliminar de sentimento do consumidor americano de julho, medido pela Universidade de Michigan, que será divulgado às 11h (horário de Brasília). Mais cedo, às 09h30, os EUA divulgam os números de construções de moradias iniciadas em junho.
No mesmo horário, no Brasil, o Banco Central promove reuniões trimestrais com economistas, com a participação dos diretores Nilton David (Política Monetária) e Izabela Correa (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta).
Às 10h, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga os resultados da Sondagem Industrial.
Às 14h, será divulgado o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA, pela Baker Hughes.
Na agenda de balanços corporativos, os destaques são os resultados da 3M e da American Express, que apresentam seus números antes da abertura dos mercados.
Tensões entre Brasil e EUA
No Brasil, o embate entre o presidente Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump, ganhou novos capítulos.
Após Lula dizer à CNN Internacional que Trump “não é o imperador do mundo”, o republicano respondeu com uma carta aberta a Jair Bolsonaro, em que criticou a Justiça brasileira e sugeriu motivações políticas por trás da tarifa de 50% contra o Brasil, prevista para o dia 1º de agosto.
Em rede nacional, Lula classificou as ameaças como “chantagem às instituições brasileiras”, defendeu a soberania do país e exaltou o Pix como símbolo nacional.
Na área fiscal, o ministro Fernando Haddad minimizou os impactos da nova tensão internacional, afirmou que não há espaço para grandes reformas em ano eleitoral e aposta na isenção do Imposto de Renda como pauta popular que o Congresso tende a abraçar.
O mercado financeiro reagiu com cautela, mas viu com bons olhos a solução para o IOF, que tira pressão sobre o Orçamento de 2026.
Mercados internacionais
Os mercados globais operam em alta nesta manhã. O movimento é liderado pelas bolsas europeias e pelos futuros de Wall Street, enquanto os mercados asiáticos encerraram o dia com desempenho misto.
Na Ásia e no Pacífico, o destaque foi a Austrália: o índice S&P/ASX 200 saltou 1,37% e fechou em nova máxima histórica de 8.757,2 pontos. O CSI 300, da China continental, avançou 0,6%. No Japão, porém, o Nikkei 225 caiu 0,21%, e o Topix recuou 0,19%. O Kospi, da Coreia do Sul, teve baixa de 0,13%, enquanto o índice de small caps Kosdaq subiu 0,29%.
Na Europa, os principais índices abriram em alta e mantêm o ritmo. Por volta das 7h30 (de Brasília), o Stoxx 600 subia 0,20%, o francês CAC 40 ganhava 0,34% e o britânico FTSE 100 avançava 0,11%. O DAX, da Alemanha, tinha leve alta de 0,09%.
Nos Estados Unidos, os índices futuros seguem em terreno positivo, ampliando os ganhos da véspera, quando S&P 500 e Nasdaq fecharam em níveis recordes. Às 7h30, os contratos futuros do S&P 500, do Nasdaq 100 e do Dow Jones subiam cerca de 0,10% a 0,13%.
Entre as commodities, o petróleo avança diante de preocupações com a oferta, após ataques a campos no Curdistão iraquiano. No começo do dia, o Brent era negociado a US$ 69,79, enquanto o WTI subia para US$ 67,81. O ouro ganhava 0,3%, cotado a US$ 3.348 por onça.
O Bitcoin também opera em alta, cotado a US$ 119.583, após a Câmara dos EUA aprovar três projetos de lei que estabelecem um marco regulatório para criptoativos, incluindo regras para stablecoins e limites à criação de moedas digitais pelo Federal Reserve.
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